A UML (Linguagem de Modelagem Unificada) é uma notação visual padronizada usada para modelar sistemas de software, promovendo a comunicação e compreensão entre os envolvidos. Desenvolvedores de software, arquitetos e analistas de negócios fazem uso da UML como uma linguagem unificada para expressar e planejar sistemas complexos.
Com uma variedade de diagramas, incluindo diagramas de classes e de sequência, a UML possibilita a visualização da arquitetura, comportamento e estrutura do software. Equipes que adotam a UML aprimoram a colaboração, reduzem mal-entendidos e otimizam o fluxo do desenvolvimento de software.
A abordagem padronizada assegura clareza no design do sistema, facilitando a comunicação eficiente durante todo o ciclo de vida do desenvolvimento de software.
Neste artigo, exploraremos a evolução dos diagramas UML, os diversos tipos de diagramas disponíveis e as situações em que esses diagramas podem ser benéficos.
Neste artigo
Parte 1. O que é Linguagem de Modelagem Unificada?
Utilizada na engenharia de software, a Linguagem de Modelagem Unificada (UML) é uma linguagem padronizada para representar visualmente o design de sistemas. Oferece um conjunto de notações gráficas e ferramentas que auxiliam desenvolvedores, arquitetos e envolvidos a entender, comunicar e documentar os diferentes aspectos de um sistema. Desde a concepção de um sistema até sua implementação e manutenção, os diagramas UML são empregados em todas as etapas do desenvolvimento de software.
Oferecem uma abordagem visual e padronizada para comunicar sistemas complexos, promovendo uma compreensão mais eficaz e colaboração entre equipes de desenvolvimento e partes interessadas.
Diversos tipos de diagramas UML foram desenvolvidos, cada um com uma finalidade específica:
Diagramas de caso de uso: Detalham a funcionalidade oferecida por um sistema sob a perspectiva do usuário.
Diagramas de sequência: Representam as interações temporais entre objetos ou componentes, indicando a ordem das mensagens trocadas.
Diagramas de atividade: Ilustram o fluxo de atividades em um sistema, comumente empregados na modelagem de processos de negócios.
Diagramas de estado: Ilustram os vários estados nos quais um objeto pode se encontrar e as transições entre esses estados.
Diagramas de componentes: Demonstram como os componentes em um sistema estão organizados e interconectados.
Diagramas de implantação: Representam a disposição física dos componentes de software em um ambiente de hardware.
Parte 2. História da Linguagem de Modelagem Unificada
A história da Linguagem de Modelagem Unificada (UML) é robusta, originando-se da colaboração entre líderes da indústria de software. A evolução da UML ao longo do tempo pode ser demosntrada do seguinte modo:
Início da década de 1990
À medida que as complexidades no desenvolvimento de software aumentavam, tornou-se claro a necessidade de uma linguagem de modelagem padronizada. Grady Booch, James Rumbaugh e Ivar Jacobson foram alguns dos nomes influentes no desenvolvimento de seus métodos individuais de modelagem.
1994-1995
Diante dos benefícios da colaboração, Booch, Rumbaugh e Jacobson resolveram unificar suas abordagens. Dessa colaboração surgiu a criação da Linguagem de Modelagem Unificada (UML).
1997
O Object Management Group (OMG) oficialmente incorporou a UML como um padrão. O lançamento da versão 1.1 representou um ponto crucial na consolidação da UML como a linguagem de modelagem predominante.
2000-2005
A UML continuou a se desenvolver com versões subsequentes, integrando os comentários de profissionais e especialistas da indústria. A padronização assegurou que a UML atendesse às demandas dinâmicas do desenvolvimento de software.
2005 em diante
A UML tornou-se cada vez mais popular, integrando-se de maneira fundamental às práticas de engenharia de software e design. O OMG prosseguiu com o lançamento de versões atualizadas, refinando e ampliando a linguagem.
Atualmente, a UML mantém sua posição como uma linguagem de modelagem amplamente reconhecida e empregada, desempenhando um papel crucial nas metodologias globais de desenvolvimento de software. A história da UML reflete uma iniciativa colaborativa para aprimorar a comunicação e facilitar a compreensão de sistemas de software complexos.
Parte 3. Qual a importância dos diagramas UML?
Diagramas UML são frequentemente empregados por profissionais. Esses diagramas facilitam o planejamento e a visualização de projetos volumosos, dividindo-os em partes menores para execução mais fácil.
Abaixo, apresentarei as razões pelas quais esses diagramas são indispensáveis.
Representação visual: Os diagramas UML proporcionam uma visualização de sistemas complexos, facilitando a compreensão.
Comunicação: São uma linguagem universal para desenvolvedores, arquitetos e partes interessadas, promovendo comunicação clara e efetiva.
Clareza: A UML aprimora a clareza ao representar a arquitetura, comportamento e estrutura do sistema em um formato padronizado e de fácil assimilação.
Trabalho em equipe: Os diagramas UML facilitam a colaboração eficiente das equipes, diminuindo mal-entendidos e mantendo todos alinhados durante o processo de desenvolvimento.
Documentação de design: Os diagramas UML servem como documentação detalhada de design, contribuindo para a gestão de projetos e a manutenção posterior do sistema.
Detecção de problemas: Utilizados no início do ciclo de desenvolvimento, os diagramas UML contribuem para identificar problemas e lacunas no design, reduzindo o risco de erros dispendiosos.
Rascunho para implementação: Os diagramas UML servem como um rascunho para os desenvolvedores, orientando a implementação do software com base em modelos bem definidos.
Desenvolvimento eficiente: Ao proporcionar uma abordagem estruturada para a modelagem de sistemas, a UML contribui para um processo de desenvolvimento de software mais organizado e eficiente.
Análise e planejamento estratégico: Os diagramas UML suportam a análise minuciosa dos requisitos do sistema, facilitando o planejamento eficaz e a tomada de decisões estratégicas.
Padronização na documentação: A UML estabelece um método padronizado para documentar designs de software, assegurando consistência entre projetos e facilitando a transferência de conhecimento.
Dimensionamento: Os diagramas UML são dimensionáveis para atender projetos de diferentes complexidades, desde pequenas aplicações até sistemas empresariais de grande porte.
Suporte para testes: Utilizados na geração e validação de casos de teste, os diagramas UML melhoram a qualidade e confiabilidade do software.
Flexibilidade: A UML possui flexibilidade para se adequar a diferentes metodologias de desenvolvimento, incluindo abordagens ágeis e iterativas.
Entendimento do cliente: Para stakeholders não técnicos, os diagramas UML facilitam a compreensão de conceitos e funcionalidades do software.
Geração de código: Algumas ferramentas UML suportam a geração de código, transformando modelos visuais diretamente em código executável para acelerar o desenvolvimento.
Gerenciamento de projeto: Contribuindo para a manutenção contínua, os diagramas UML proporcionam uma visão abrangente da estrutura e funcionalidade do sistema.
Gestão de riscos: Os diagramas UML contribuem para a identificação antecipada de riscos, possibilitando que as equipes implementem estratégias de mitigação de forma proativa.
Colaboração internacional: Em ambientes de desenvolvimento distribuído global, os diagramas UML são fundamentais para equipes que colaboram em diferentes localidades e fusos horários.
Parte 4. Variedades de diagramas UML
A UML disponibiliza diversos tipos de diagramas para atender a diferentes objetivos. Seja qual for o projeto, os diagramas padrão da UML facilitam a visualização de forma intuitiva.
Os diagramas UML podem ser divididos em duas categorias principais de diagramas.
Diagramas de estrutura
Os diagramas estruturais na UML mostram o quadro imutável de um sistema, evidenciando seus elementos e suas conexões. Estas representações visuais funcionam como um guia para a arquitetura do sistema e são comumente utilizadas nas etapas de design e documentação do desenvolvimento de software.
Esses esquemas estruturais ajudam desenvolvedores e arquitetos a entender a disposição do sistema e suas partes constituintes, simplificando a comunicação e as decisões de design durante as etapas de desenvolvimento. Os diferentes tipos de diagramas concentram-se em facetas particulares da estrutura do sistema, oferecendo uma visão holística dos elementos estáticos da arquitetura de software.
Abaixo estão os diagramas classificados na categoria Diagramas estruturais:
Diagrama de classes
Exibe a estrutura estática de um sistema ao apresentar as classes, seus atributos, métodos e as relações entre elas.
Diagramas de objetos
Enfatizam as instâncias das classes e suas relações em um momento específico, sendo semelhantes aos diagramas de classes.
Diagrama de componentes
Mostram a estrutura e as inter-relações dos componentes em um sistema, englobando bibliotecas, executáveis, e outros elementos.
Esquemas de estrutura composta
Exibem a estrutura interna de uma classe e as interações entre suas partes, demonstrando como essas partes se relacionam para compor o todo.
Diagramas de pacotes
Estruturar e organizar os elementos de um sistema em grupos afins para mostrar as interdependências entre diferentes pacotes.
Esquemas de comportamento
Logo abaixo, encontraremos treze tipos de diagramas, exemplificados para melhor compreensão.
Diagrama de casos de uso
Apesar de serem geralmente classificados como diagramas estruturais, os diagramas de caso de uso também têm a função de capturar e visualizar as interações entre usuários (atores) e um sistema, oferecendo uma visão do comportamento do sistema do ponto de vista do usuário.
Diagrama de sequência
Representam as interações dinâmicas entre objetos ao longo do tempo, exibindo a sequência de mensagens trocadas.
Diagramas de colaboração:
São também chamados como Diagramas de comunicação. Exibem as interações entre objetos ou papéis em formato de fluxograma, destacando a organização estrutural dos objetos envolvidos.
Diagramas de estados:
Mostram os estados variados que um objeto pode possuir e como ocorre a transição entre esses estados em resposta a eventos.
Diagrama de atividades:
Mostram as dinâmicas de um sistema ao modelar o fluxo de atividades, ações e decisões.
Diagramas de implementação:
Representam a disposição física dos componentes de hardware e software em um sistema, enfatizando a distribuição e as interações.
Diagramas temporais:
Representam as interações entre objetos durante um período determinado, dando ênfase às sequências temporais de mensagens e eventos.
Diagramas de visão geral de interação:
Oferecem uma visão ampla do fluxo de controle entre diferentes elementos em um sistema, integrando diversos diagramas de interação.
Parte 5. Glossário com os termos utilizados
Diagrama de classes | Uma representação gráfica da estrutura e das relações entre as classes de um sistema. |
Diagrama de casos de uso | Mostra as interações entre atores e o sistema, com ênfase nas funcionalidades do sistema. |
Diagrama de sequência | Mostra as interações entre objetos ao longo do tempo, destacando a sequência de eventos. |
Diagrama de atividades | Mostra o fluxo de atividades e ações em um sistema ou em um caso de uso específico. |
Diagrama de estado | Representa os vários estados em que um objeto pode se encontrar e as transições entre esses estados. |
Diagramas de objetos | Oferece uma visão instantânea das instâncias e suas relações em um momento específico. |
Associação | Descreve a relação entre duas ou mais classes, evidenciando sua colaboração. |
Herança | Descreve a relação de herança entre classes, em que uma classe é um subtipo de outra e herda seus atributos e comportamentos. |
Agregação | Descreve a relação de composição entre classes, onde uma classe é composta por outra. |
Composição | Parecido com a agregação, porém com uma propriedade mais vinculante, indicando que o todo controla o ciclo de vida das partes. |
Múltiplo | Indica quantas instâncias estão envolvidas em um relacionamento. |
Pacote | Um método de agrupamento para organizar elementos do modelo. |
Diagramas de colaboração | Prioriza as interações entre objetos visando alcançar um propósito específico. |
Diagrama de componentes | Mostra a organização principal do sistema, com ênfase nos componentes e suas interdependências. |
Diagrama de implantação UML | Mostra como os componentes de software são implantados fisicamente em um ambiente de hardware. |
Classe de associação | Uma classe que descreve uma associação entre outras classes, muitas vezes com atributos ou operações. |
Classes abstratas | Uma classe que não é capaz de ser instanciada independentemente e funciona como um modelo para classes derivadas. |
Interface | Estabelece um contrato para um conjunto de operações que uma classe ou componente deve fornecer. |
Dependência | Descreve uma relação na qual uma alteração em um elemento pode afetar outro, embora eles não estejam na mesma estrutura. |
Realização | Indica que uma classe implementa as operações especificadas por uma interface. |
Generalização | Descreve uma relação entre um elemento mais genérico (superclasse) e um mais especializado (subclasse). |
Extremidade da associação | O ponto final de uma associação, especificando o papel, multiplicidade e navegabilidade. |
Elemento de multiplicidade | Define o número potencial de instâncias em uma extremidade de uma associação. |
Caso de uso | Detalha uma interação específica entre usuários e um sistema visando alcançar um objetivo específico. |
Atores | Uma entidade externa que se relaciona com o sistema, comumente representada em diagramas de caso de uso. |
Colaboração | Uma coleção de funções, cada uma desempenhada por um objeto, envolvida em uma interação particular. |
Mensagem | Descreve a comunicação entre objetos em um diagrama de sequência. |
Condição de guarda | Uma condição necessária para que uma transição aconteça em um diagrama de estado. |
Evento | Um evento que ocorre, muitas vezes desencadeando uma transição de estado ou uma atividade. |
Artefatos | Descreve uma entidade física de informação em um diagrama de implantação, tal como um arquivo ou uma tabela de banco de dados. |
Modelo | Uma representação do sistema utilizando diagramas UML. |
Perfil | Um conjunto de extensões UML que podem ser adicionadas a um modelo para adaptá-lo a um propósito específico. |
Tipo estereotipado | Um mecanismo para acrescentar propriedades ou semânticas adicionais a elementos UML. |